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sábado, 6 de dezembro de 2008

Prólogo

Este livro pode experimentar muitas coisas, mas inevitavelmente falar sobre mim. Sempre é mais fácil de contar as coisas do ponto de vista próprio. Talvez também seja por isso que me ajudou com as conversas, e-mails, etc., de forma que não pareça tão sério, nem tão oficial, nem nada.

Este não é o DSM-IV ou até menos, é simplesmente uma versão menos estruturada e adaptada à realidade das questões que com o tempo envenenam os adolescentes. Eu vou falar, por vezes, em termos médicos, não devido ao fato de ter estudado medicina, mas porque eu tive que vive-lo, sofrê-lo, sangrá-lo, vômitar-o. Dessa forma, terá melhor aproveito este lugarzinho para prologar que, sim, por vezes eu sou muito auto-suficiente, egocêntrica e arrogante na hora de escrever. E, a propósito, eu acho que sei mais sobre anorexia e suicídio que psicólogos e médicos que tentaram me ajudar. Não é bobagem. Só que eu acho que a experiência não é transmissível... E que, embora eu tenha lido muitas vezes que essa dor é pontante, nunca na minha vida senti uma pontada. Então eu não me venha dizer os sintomas que tenho de sentir ou fazer, porque eu tinha o suficiente. E sim, talvez com a passagem de algumas folhas de você opte por devolver o livro e troca-lo por uma das histórias infantis, outros os proíbem de ler e muitos, muitos outros estão coçando suas faces com o meu livro. Eu não podia ser mais. Isso é o que tenho a dizer.

Simplesmente escrevo isso como um método terapêutico. Não, esse é o discurso que tenho preparado no caso do meu livro armar algum tipo de tumulto nos meios. Mas a minha historia diz que eu sou transgressora: um fotolog e uma página da web já se encarregaram de fazer-me "famosa".

Ok... Quero deixar claro isto: não busquem definições ou dogmas em meu livro. ABZURDAH não é apenas o que dizem os livros de medicina, psicologia, psiquiatria ou de outras áreas (e não é para desacreditar médicos e assim por diante, né?). Mas, como eu disse antes, ABZURDAH é mais do que um punhado de definições. Eu tenho um monte que contam que eu era muito sofrida. Bem... "Eu sofri". Ironicamente, há quem escolha estar doente e aí vem um ponto onde mesmo apreciá-la, mas agora é cedo para falar dessas coisas.

Neste momento, apenas direi que este não é um livro fácil. Não importa a sua leitura, que, na realidade, é bastante insípida, mas sobre o assunto e o ponto de vista a partir do qual a aparenta. Embora eu deva dizer que ao longo dos anos e páginas este ponto de vista do escritor foi percorrendo graus e graus, mais para a direita ou para a esquerda, dependendo da emocionalidade prevalecente. Passado em claro: é foda.

Toca tópicos fodidos. E se você não estiver disposto a ver as coisas a ficarem fodidas, vá para a biblioteca, substituir, e se você estiver satisfeito com Charles Perrault. Eu não sou Cinderela, nem Hansel e Gretel. Sou sim o lobo. Um lobo confuso, indignado e auto-destrutivo.

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